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A  ATUAÇÃO PSICOPEDAGOGIA

 

tem como objetivo investigar e analisar o processo de aprendizagem e suas dificuldades. Busca compreender por meio do diagnóstico, a forma como ocorre a construção do conhecimento humano, para se necessário, intervir com técnicas psicopedagógicas e tornando possível a modificação da estrutura cognitiva da pessoa.

 

Euzilane Miranda / Kátia Carias

 

Área de atuação:

Dificuldades de Aprendizagem, avaliação da Síndrome de Irlen e Mediadora do PEI (Programa de Enriquecimento Instrumental).

Síndrome de Irlen (Dislexia de Leitura)

Com o tratamento adequado pode-se descobrir o mundo....

O que é Dislexia de Leitura


Dificuldade relacionada à manutenção da atenção, compreensão e memorização e à atividade ocular durante a leitura levando a um deficit de aprendizado. A Dislexia de Leitura afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada a uma desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual.

Devido ao esforço despendido no processamento das informações visuais, a leitura torna-se mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognição e a memorização, produzindo cansaço, inversões, trocas de palavras e perda de linhas no texto, desfocamento, sonolência, distúrbios visuais, dores de cabeça, irritabilidade, enjôo, distração e fotofobia, após um intervalo relativamente curto na leitura.

Embora a causa da dislexia de leitura esteja relacionada às alterações neurobiológicas no processamento cerebral, problemas oculares contribuem significativamente para os sintomas da dislexia. Estima-se que 85% de todo o aprendizado dependa das informações recebidas através do sistema visual.

A avaliação oftalmológica dos pacientes disléxicos deve ser dinâmica considerando a atividade ocular durante a leitura e o esforço contínuo de foco para longe, perto e distâncias intermediárias (quadro negro, livros e cadernos e computador), o fluxo de informações constante e a percepção e cognição cerebral.

Este fluxo deve se processar, de maneira contínua através de movimentos sacádicos e fixações que refletem o estilo de leitura de cada pessoa, e que independem até certo ponto da dificuldade do texto. O estilo de leitura é caracterizado através do DPLC - Diagnóstico Padrão de Leitura e Cognição. Por meio do DPLC, a eficiência da leitura, aprendizado e memorização são obtidos antes e após o uso dos filtros seletivos. No Hospital de Olhos, o DPLC é obtido pelo rastreamento da atividade ocular dinâmica, associada a testes da visão funcional, contraste, estereopsia e fotosensibilidade. Esses testes são sempre precedidos por laudos neuro e psicopedagógicos, já que a abordagem da dislexia de leitura é sempre multidisciplinar.
Sintomas mais freqüentes

- Sensibilidade à luz (luz do sol, luzes fortes, luzes fluorescentes, faróis, iluminação das ruas)
- Estresse e esforço ao realizar tarefas rotineiras (atividades visuais, audição, assistir TV, visualização de cores, uso de computador)
- Dificuldade na área matemática (erros de alinhamento, velocidade, exatidão/precisão)
- Distração constante (leitura, audição, trabalho, provas)
- Dores de cabeça ao ler
- Desempenho comprometido nos esportes com bola
- Dificuldade para acompanhar objetos em movimento
- Sonolência em viagens de carro ou ônibus
- Dificuldades ao dirigir durante a noite
- Cansaço/Fadiga em atividades rotineiras
- Audição “retardada”
- Baixa concentração no estudo e ao realizar provas
- Dificuldade na leitura de partituras
- Percepção de profundidade comprometida
- Déficit de Atenção
- Náuseas, tontura e dores de estômago ao ler
- Dificuldades para seguir a leitura apenas com os olhos
- Ansiedade
- Nervosismo

Fonte: http://www.dislexiadeleitura.com.br

PEI - Programa de Enriquecimento Instrumental do Prof. Reuven Feuerstein.
 

O PEI é um programa de intervenção multidimensional que compreende uma fundamentação teórica, um repertório rico de instrumentos práticos e um conjunto de ferramentas analítico-didáticas, focalizando em cada um dos três componentes de uma interação: o aprendiz, o estímulo e o mediador, com o objetivo de aumentar a eficiência do processo de aprendizagem.

O PEI se fundamenta na Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e na Experiência de Aprendizagem Mediada de Reuven Feuerstein que nos oferece uma visão dinâmica das capacidades cognitivas do ser humano, esclarecendo como os processos de aprendizagem ocorrem e como é possível, através de uma mediação adequada, expandir o potencial para aprender aumentando a eficiência do funcionamento intelectual dos indivíduos.

O programa completo é composto de 14 instrumentos (14 conjuntos de tarefas de diversos conteúdos e modalidades, contendo 20 a 30 páginas cada). Seu crescente nível de complexidade favorece a construção sistemática e estrutural de funções cognitivas e operações mentais necessárias à aprendizagem.

O PEI pode ser utilizado em grupo ou individualmente em crianças na idade escolar e em adultos de vários níveis de funcionamento. O programa está traduzido em 12 línguas e é utilizado em diversos países.
 

O PEI pode ser aplicado em diferentes áreas:
Área educacional - para alunos do ensino regular, de sala de recursos, superdotados e na educação de adultos.
Área clínica – com todos os indivíduos a partir de 8 anos que necessitem de uma abordagem cognitiva para superar suas dificuldades de aprendizagem e/ou de comportamento
Área empresarial – em programas de treinamento das habilidades de pensamento e de aprendizagem e na promoção da produtividade.
Área institucional e social – como uma ferramenta adicional para ajudar indivíduos que necessitam socializar-se, praticar atividades intelectuais, recuperar a auto-estima e melhorar suas capacidades cognitivas.


Objetivos do PEI
O objetivo central do PEI é a produção de modificações nas estruturas cognitivas dos indivíduos, expandindo o potencial de aprendizagem, aumentando a eficiência mental e melhorando a qualidade do desempenho intelectual.

Para ajudar a promover este objetivo central, seis sub-objetivos foram formulados:

  Correção da funções cognitivas deficientes
O primeiro sub-objetivo do PEI é a correção das deficiências nos pré-requisitos cognitivos do pensamento operacional, ou seja, as funções cognitivas, que falharam no seu desenvolvimento, em grande parte como o resultado da falta de experiência de mediação ou por que o aprendiz foi incapaz de se beneficiar da mediação recebida.

Para dar apenas alguns exemplos de como atingir este objetivo, o mediador irá ajudar o aprendiz a desenvolver adequadas estratégias de pensamento, restringir a impulsividade, ser preciso e sistemático na coleta de dados, identificar e definir problemas, selecionar indícios relevantes, planejar a sua ação e evitar o ensaio e erro, formar e confirmar hipóteses, buscar evidência lógica e refletir antes de responder.


  Aquisição de vocabulário, rótulos diferenciados e conceitos
relevantes às tarefas do PEI assim como para a resolução
de problemas em geral
O segundo sub-objetivo consiste em equipar o aprendiz com linguagem e ferramentas verbais necessárias para a análise do processo mental internalizado, facilitando, consequentemente, o controle e o insight de seu funcionamento cognitivo.

Além do domínio de conteúdo e linguagem da tarefa, o PEI visa equipar o aprendiz com um repertório lingüístico rico e diferenciado de conceitos espaço-temporais, definições acuradas, e rótulos verbais precisos que representam as diferentes relações, operações mentais e funções cognitivas que formam a base de qualquer habilidade de resolver problemas.


  Suscitação da motivação intrínsica através da formação de
hábitos
Despertar a motivação intrínseca no aprendiz é considerado como um pré-requisito indispensável para qualquer intervenção que visa o desenvolvimento das habilidades de pensamento e do processo cognitivo, com o objetivo de prevenir o estado de contínua dependência do indivíduo em fontes externas de motivação as quais nem sempre são oferecidas pelo ambiente.

Para alcançar isto, o PEI visa a formação e a consolidação do funcionamento cognitivo eficiente num conjunto de hábitos que tendem a emergir espontaneamente no comportamento do aprendiz, independentemente de qualquer necessidade externa.


  Criação do insight e pensamento reflexivo
O quarto sub-objetivo consiste no despertar de consciência do aprendiz na implícita relação entre diferentes modos de raciocínio e o conseqüente resultado do seu funcionamento cognitivo.

Ao invés da freqüente tendência de atribuir a condições externas ou mero acaso tanto o fracasso quanto o sucesso, o mediador usa o PEI para ajudar a desenvolver no aprendiz uma orientação com relação a si mesmo e ao seu próprio processo mental os quais devem ser considerados responsáveis pelo comportamento adequado e inadequado.


  Criação da motivação intrínsica pela tarefa
O quinto sub-objetivo está relacionado ao tipo de motivação que pode se originar da sensação de domínio de uma tarefa e do valor social que vem acompanhado ao sucesso desta realização.
O PEI, intencionalmente desassociado do domínio familiar de conteúdos específicos e das disciplinas curriculares, ajuda o mediador a criar no aprendiz a motivação para envolver-se com tarefas que são consideradas atrativas e desafiadoras pelo prazer do sentimento de satisfação produzido por esta realização.


  Mudança de um papel passivo e reprodutor para um papel
ativo e gerador de novas informações
O sexto sub-objetivo do PEI se refere a necessidade de mudança da auto imagem do aluno, o qual frequentemente se percebe capaz apenas de registrar e reter informações, de fonte externa e de forma passiva, de maneira que ele possa conceber-se como pensador ativo, capaz de gerar novas informações com base numa adequada coleta e elaboração de dados.

Instrumentos do PEI
• Organização de Pontos
• Orientação Espacial I
• Comparações
• Percepção Analítica
• Classificações
• Orientação Espacial II
• Ilustrações
• Relações Familiares
• Relações Temporais
• Progressões Numéricas
• Instruções
• Silogismos
• Relações Transitivas
• Desenho de Padrões
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Fonte:
CDCP - Centro de Desenvolvimento Cognitivo do Paraná

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